Então é isso, o ano começou. De volta ao trabalho, de volta a rotina, de volta à realidade. E se estamos aqui, significa que todos nós sobrevivemos a 2015.

Que ano, heim? Se eu perguntar "quem deu graças a Deus que 2015 acabou", certeza que você aí que está lendo, também vai levantar a mão.

Foi um ano curioso pra mim. Não tive muita neutralidade. A curva do bom e do ruim esteve nos mais alto e no mais baixo grau. Digamos que foi uma montanha russa de emoções, com loops e quedas vertiginosas

Foi um ano de conquistas, perdas, mudanças e recomeços. Tudo junto, ao mesmo tempo, e misturado. Um ano bem doido, eu diria.

Muitas coisas precisaram ser esquecidas, deletadas e excluídas de 2015. Mas outras não. Por exemplo, lembaremos que foi em 2015 que o Canadá elegeu um primeiro ministro porque ele é bonitinho.

Pausa para a reclamação: gente, sério, Canadá tava quinem Brasil, num tinha um candidato onde pudesse se dizer assim, noooooossa que candidato maravilhoso. Na verdade tava ruim a coisa, mas daí a eleger um candidato porque ele é bonitinho? Bo-ni-ti-nho??? Sim meu povo e minha pova, saiu no jornal, people falando "at least now we have a good face representing our country". Ahh francamente, ele nem é grandes coisas, se eu quisesse rostinho bonito botava o meu lá, né? Ou do príncipe Henry, ou mais, da rainha Beth, porque ela é rainha bisavovó mais fofinha das galáxias.

fim do momento desabafo.

Canadá também me deu a chave da cidade. Mentira, só foi um certificado dizendo que agora além de pagar os impostos, eu também posso votar (e participei ativamente do lance da política, daí que veio minha revolta com o candidato fofinho, sacou?).

Em 2015 eu me torneio cidadã. Marco importantíssimo na minha vida. Se tornar cidadã foi pra mim o reconhecimento de todo sacrifício que envolveu essa grande jornada que foi a imigração. Agora só falta mesmo a chave da cidade...  =P

Ano do voluntariado. Em 2015 eu voluntariei com gosto. Muito trabalho e pouco carnaval pra mim... Mal pude aproveitar o verão. Primeiro foram os jogos Pan Americanos que eu assisti e participei de tudo o quanto pude, depois o Para Pan, onde eu trabalhei como voluntária, e por fim, em Setembro, o meu amado TIFF, pelo terceiro ano consecutivo, com muito orgulho e muito amor. Quanta experiência. Fantástica experiência! Quantas pessoas maravilhosas cruzaram o meu caminho. E o dia que eu tomar vergonha nessa minha cara linda, eu vou terminar os posts sobre voluntariado que eu comecei a escrever ano passado e nunca terminei. E sobre a cidadania também. Prometo, tá?

E depois do verão, veio o outono. A paisagem mudou, as folhinhas ficaram amarelinhas, as folhinhas caíram e o vento trouxe mais mudanças a minha vida. Momento suspiros....
2015 esse danadinho, me mostrou que não existe tempo nem distância para amizades. E que as vezes não é preciso estar junto para estar perto. Laços de amizade foram fortalecidos, e outros, aqueles que eram fracos, se romperam. Ahh 2015, por isso te agradeço intensamente.

E no final de tudo isso, vem ele outra vez, o inverno, trazendo um Dezembro bem incomum, com temperaturas chegando aos 14 graus, e com um Janeiro mais gelado que o figrorífico do IML, pra lembrar a gente, que aqui ainda é Canadá, meu bem. E pra quem não tem carnaval, bora trabalhar que 2016 tá aí. Faça neve ou faça sol.

Acho que estre mortos e feridos, salvaram se todos. 2015 ficou lá atrás, na história das nossas vidas. E 2016 está novinho aqui na nossa frente, e a gente cheio de esperanças e com a lista cheia de resoluções... Perder 10kgs, gastar menos dinheiro, fazer aquela viagem, estar mais perto da família, estudar, ler mais livros, escrever mais no blog...

Dinheiro no bolso, saúde e muita boa sorte pra nós!

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